Tô segurando a tesoura na mão direita, pra eu poder cortar a corda que ainda me prende à você com ela e, com a outra mão, acenar pro meu passado. Correr milhas e milhas pra tentar aquecer o coração gelado de quem não andaria uma quadra sequer por mim é estupidez enlatada. Tô pronta, sem olhar pra trás - deixo novembro guardado no coração. Sem mais devaneios, sem mais essa de andar em círculos tentando contornar o dilema de um coração trancafiado por 7 cadeados. Ninguém pode me salvar, e fui eu que escolhi esse caminho. Nosso laço de fita se transformou em cabo de guerra e, de repente, arrebentou. Talvez seja esse meu orgulho, talvez seja esse seu olhar que nunca mente...Nunca saberemos. Não temos culpa se o destino fez com que nossos estilhaços despontassem para lados opostos. Poderíamos ter evitado? Com certeza, mas seria muito mais difícil nadar contra a correnteza. É como dizem por aí: nunca se arrependa de algo do passado pois, em algum momento, aquilo lhe fez feliz. Certos momentos da nossa vida cobram que sejamos mais fortes do que parecemos; cobram que a gente se ame mais e busque força pra lutar não apenas pelos outros, mas também por nós. Tá na hora de desfazer o nó e virar a bússola pro leste do "mais eu, menos você".
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