03 dezembro, 2011

Montanha-Russa

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Ela se envolveu num relacionamento em que ela era a única envolvida, se é que me entende. Durante muito tempo, foi dedicada à ele como nenhuma outra em toda a vida do "canalha", na visão das amigas fiéis e companheiras, que diziam "vai com calma, você nem ficou direito com o cara e já está casando". Um belo - nem tão belo assim para ela - dia, ela percebeu o que estava acontecendo, porém, era tarde demais: o cara ligou e terminou "o que mal havia começado". Pediu desculpas, mas disse que precisava de um tempo só pra ele, que ela estava o sufocando. 
Depois de chorar muito, amassar seu travesseiro e quase esmagar seu urso de pelúcia tamanho família, ela decide ligar para as amigas e desabafar: passar um tempinho com as pessoas que mais te entendem e se identificam contigo é o segundo melhor remédio de todos, ficando atrás apenas do tempo. 
Muito tempo é passado e, com seu coração quebrado, a menina resolve achar outros meios de suprir a falta do garoto em sua vida. Tenta se encontrar estudando muito, dominando os pincéis, se afundando em chocolate e em séries de TV. Também tenta o caminho da academia, das festas todo o final de semana, da bebida e do sertenajo, funk, todas as músicas que as meninas escutam quando estão precisando de alguém, mas não querem deixar isso muito claro pras outras pessoas. E as antigas amigas, aquelas que a consolaram quando o garoto pisou em cima dela, lembra? Ela abandonou-as: decidiu procurar uma turma que combinasse mais com seu novo jeito de ser.  Depois de muitas fotos com garrafas de vodka postadas no facebook, muitas roupas diferentes das quais estava habituada quando estava com "o" menino, mudanças repentinas no cabelo, ela finalmente permite apaixonar-se, porém vê seu coração se despedaçar novamente, e o ciclo recomeça. Cadê o botão do stop mesmo?

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