19 outubro, 2011

Trocando o "n" pelo "m"

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Você acorda, toma café da manhã, arruma suas coisas e sai pro trabalho: perde um táxi, embarca em outro, pega um jornal no caminho, senta em sua mesa e, depois de um dia exaustivo, volta pra casa satisfeita. Até que você decide mudar: decide cortar seu cabelo, fazer uma tatuagem, rasgar aquela calça e comprar um óculos escuro da última moda - agora você tem o estilo que sempre quis ter. Compra um carro, um cachorro, um apartamento - ainda bem!, aquele aluguel tava te matando, um porta-problemas (vulgo diário) e dezenas de livros de auto-ajuda sobre como segurar a grana. Anda com um grupo de pessoas, acorda dividindo a cama de casal com outro alguém alguns poucos dias, mas ainda falta algo. Seu cabelo tá desbotando, o violão não tá agradando e a conta bancária cada vez menor. Toda noite, depois do happy hour, você chega em casa exausta e sente um vazio - dorme com seu cachorro pra não se sentir só, mas se pega chorando sem motivos algumas vezes. "Que diabos está faltando?", você pensa, "minha vida é completa". Até que um dia enquanto esperava o táxi, um sujeito usando uma camiseta meio desbotada e com o cabelo meio desgrenhado atravessa seu campo de visão e derrama um generoso copo de suco na sua blusa - coisa do destino. Sabe aquele vazio? Acabou de ser preenchido - bem-vinda ao mundo dos completos.

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