12 março, 2012

40º C

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Não posso mais aguentar o sol que me obriga a despir-me de todo e qualquer orgulho que sinto. Mal posso esperar pela chuva. Ela é minha redenção. Momento de pedir perdão à mim mesma por ter me colocado em tantas confusões, contradições, consequências. Finalmente aprendi que é um tanto injusto comigo sofrer por alguém que transforma meus arranhões em fraturas expostas. Mal posso esperar pelo momento em que as gotas de água lavarão qualquer vestígio de você aqui dentro de mim. 

Os dias nublados farão eu me sentir viva novamente, perceber que há cores em mim enquanto o cinza predomina, e a chuva molha a terra como se fosse tinta a óleo na tela da minha vida. 

Vou esquecer, tirar o pensamento e o coração lá de você. Encontrar a metade de mim que eu andei perdendo pelo caminho. A garoa fina vai cuidar disso. Desse recomeço, dessa luta diária, dessa dor no peito. Não quero tempestades, raios e trovões. Quero algo simples, que evoque apenas a minha essência e me lembre de que sou capaz de enfrentar um vendaval sozinha.



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