01 janeiro, 2012

Sapos encantados

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Príncipes e sapos. A humanidade sempre se contentou em escolher entre duas meras opções. Sempre. Quente ou frio, feliz ou triste, oito ou oitenta, sapo ou príncipe. Príncipes existem, é claro. Mas com o único intuito de suprir aquilo que desejamos ser, porém não somos. Somos sapos. Somos errados, somos imperfeitos. Porém, mesmo errados, todos temos nossos encantos: estejam eles expostos, estejam eles refugiados em nosso diário; e acredite: você encontrará um sujeito que aceite suas imperfeições e ame sua insanidade - desde que você faça o mesmo pelo tal, é claro. Bingo: encontrou seu sapo-encantado.
Então indo por essa lógica, resta a nós, meros sapos, a dúvida: por que ainda procurar um príncipe? Pior: por que querer transformar um sapo em príncipe? Você sabe muito bem que não é disso que precisa. Você precisa de alguém que te acompanhe na pizza de sexta à noite e não se incomode em receber uma ligação as 4h simplesmente porque seu sono resolveu evaporar - "é bom ouvir sua voz, também". Você sabe que não precisa de um cavalo branco e de um castelo - traduzindo: carro do ano, mansão, ternos, homens que façam tudo e estejam aos seus pés o tempo todo. E se seu sapo-encantado resolver chegar de bicicleta? Que seja. O amor que você procura é real, e não um faz-de-conta, logo, não há porquê inspirar-se justamente no conto da Branca de Neve. Os sete anões não vão aparecer, querida - e sinta-se feliz por isso.

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